terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Gestão de conflitos


É certo que onde há pessoas reunidas com os mesmos interesses e propósitos, independentemente das condições ou preposições de cada uma, haverá a existência de conflitos. 
 
Nas empresas não é diferente. Todo ser humano, mesmo que inconscientemente, em algum momento se vê em conflito consigo mesmo. Se colocarmos esses embates sob uma ótica positiva no dia-a-dia profissional, poderemos afirmar que discussões saudáveis promovem a troca de conhecimentos e contribuem para a homogeneização da equipe e melhoria do clima organizacional. Porém, quando as situações de conflito ocasionam antipatia e afronta recíprocas entre os envolvidos, o ambiente empresarial fica comprometido.

A gestão de pessoas é uma arte. Envolve entre outros fatores, práticas e processos que buscam minimizar conflitos entre os membros de uma organização. Para que exista uma evolução no ambiente corporativo, as empresas devem disseminar as características comportamentais esperadas pelos seus profissionais. Podemos citar algumas delas, como: comunicar-se de forma direta, clara e objetiva; saber escutar; discutir idéias, mas respeitar a opinião das partes envolvidas; utilizar a intuição e o auto-conhecimento para expor da melhor forma seus pensamentos; transmitir credibilidade no momento da argumentação; e persuadir pelo convencimento.

Os conflitos são importantes e essenciais para o crescimento de todos e da empresa. A expectativa é quanto à solução. Por exemplo, quando um cliente entra em contato com a empresa ele quer que o profissional resolva o seu problema. O fato pode demonstrar se a empresa é competente ou não. A empresa saudável é aquela que prioriza de forma inteligente o cliente interno. Isto é, o ambiente interno saudável vai espelhar o bom atendimento ao cliente externo.

É impossível imaginar que existe uma empresa sem conflitos, até porque somos seres humanos e temos uma história milenar que influencia o nosso inconsciente coletivo e individual. Necessitamos do conflito para sobreviver, provar nossas competências, elevar a auto-estima e sermos respeitados como indivíduos que se relacionam com a sociedade.

sábado, 29 de outubro de 2011

Âncoras de Carreira – Faça agora este teste!

Para ter sucesso profissional é tão importante saber como você gostaria que fosse sua carreira quanto estar bem preparado tecnicamente, ter feito bons cursos em boas escolas.  O que é sucesso profissional para você? É muito possível que seja diferente do sucesso do seu colega, ou do meu. Cada um vê sua carreira de uma forma, e se você conseguir planejar para chegar onde gostaria, este será SEU SUCESSO!

Veja abaixo informações sobre esta ferramenta – Âncoras de Carreira. Acabei de preencher o inventário e o resultado confirma meus interesses de carreira. Muito interessante!

“A âncora de carreira é uma combinação das áreas percebidas de competência, motivos e valores que a pessoa não abandonaria, representa o seu verdadeiro “eu”. Sem o conhecimento desta âncora a pessoa pode buscar outro trabalho que no futuro não serão satisfatórios porque ela sente que “o trabalho não responde realmente a seu eu” (“não tem nada a ver comigo”). Analisar o momento presente da carreira e as decisões futuras poderão ser mais fáceis e ter mais valor se a pessoa tem um claro entendimento de sua orientação pessoal para o trabalho, seus motivos, seus valores e sua auto-percepção de talentos.

Pesquisas sobre as âncoras de carreira mostraram que a maioria das pessoas vê, ela própria, em termos das oito categorias descritas a seguir, mas estas categorias não significam nada fora do contexto do passado histórico da pessoa e de suas aspirações futuras. Segundo Edgar Schein, autor de “Career Anchors: Discovering your real values”,é o pensar e o falar sobre a carreira e os acontecimentos de vida, que gradualmente vai dar maior compreensão das prioridades e valores pessoais.”

Fonte: www.liop.ufsc.br

Descubra como contratar melhor


Este deve ser o maior sonho das empresas: contratar um profissional ideal. Aquele que se enquadra perfeitamente dentro de um perfil para ocupar um determinado cargo na empresa. Mas como e onde encontrar um profissional ideal? Basta um currículo com excelentes cursos e experiência profissional? Muitas empresas acreditam que isso não é o suficiente e optam por aplicar testes de contratação para descobrir melhor o perfil do candidato. 

Uma das opções do mercado é o Perfil Caliper, que consiste numa avaliação de personalidade que analisa o potencial do candidato e a possível adaptação a um cargo ou equipe. Geraldo Recchia, diretor-presidente da Caliper, diz que o Perfil Caliper existe há 45 anos e foi criado nos Estados Unidos, de onde parte todo o resultado do teste. Ainda segundo Recchia, são 150 questões que definem as competências profissionais do candidato, como: liderança, tomada de decisões, administração do tempo e outras.

Desde sua origem, o Perfil Caliper veio modificando-se e aperfeiçoando-se com o tempo. E para a aplicação do teste há duas maneiras: pode ser aplicado pelo método on-line, demorando cerca de uma hora e meia; ou no formato impresso (questionário), levando cerca de duas horas para o candidato a um determinado cargo responder as questões.

“Quem aplica o teste é o Departamento de Recursos Humanos da empresa. Hoje, as concessionárias são as que mais procuram o nosso perfil”, comenta Geraldo Recchia. A cada seção, seis ao total, há explicações iniciais de como fazer. “O candidato, dessa forma, não tem dúvidas ao responder o que o Perfil Caliper pede”, comenta o diretor. 

As vantagens do Perfil Caliper são: 85% de índice de acerto potencial; difícil de ser burlado; identifica, inclusive, o que pode e não ser treinado na empresa; indica previsão de potencial de sucesso da pessoa e orienta a empresa. “A verdade é que, mesmo aplicando o Perfil Caliper, a empresa não pode esquecer a lição de casa no dia-a-dia, de dar valor e cuidar desse funcionário”, argumenta.

Mais opções – Outro teste que pode ser aplicado nas empresas é o PPA (Análise de Perfil Pessoal), através do qual é possível obter, em pouco tempo, muitas informações – sobre como o profissional se comporta em momentos de pressão, por exemplo.

Compõem o PPA aproximadamente 24 questões, para as quais o candidato deve dar notas de 1 a 4, conforme sua identificação, ou melhor, identificando o que mais e o que menos se parece com ele.
Existe ainda o método DISC, uma das ferramentas mais usadas no mundo para a avaliação e desenvolvimento da personalidade de candidatos. Também é composto de 24 questões, que podem ser resolvidas em aproximadamente 20 minutos.

No DISC, cada pergunta oferece ao candidato quatro opções, ou seja, quatro alternativas, que consistem em adjetivos como “bravo” ou “entusiasta”, por exemplo. Em outras seções são apresentadas frases, o que torna o questionário mais compreensível. O resultado é abrangente, podendo ser lido e interpretado para revelar detalhes da personalidade de um indivíduo.

Entre as opções apresentadas, e outras que também existem à disposição, cabe à sua empresa decidir qual o melhor teste a ser aplicado às novas contratações, aumentando as chances de contratar o melhor profissional para as vagas oferecidas e diminuindo, consequentemente, os índices de turnover na equipe

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Liderança criativa pode tornar ambiente de trabalho mais feliz, divertido e inovador

Um líder criativo compreende as diferenças individuais e sabe que pessoas mais felizes têm melhores resultados, diz especialista

A prática da liderança criativa pode deixar o ambiente de trabalho mais divertido, inovador e feliz. Ao menos esta é a opinião da especialista em comportamento humano que ministrou palestra em São Paulo na última semana, Branca Barão.
Em entrevista ao portal InfoMoney, Branca explicou que a liderança criativa ajuda a equipe a criar um resultado superior e diferente do que tinha antes do início da prática, já que ela estimula as pessoas a fugirem da rotina dos processos, buscando novas oportunidades no dia a dia de trabalho.
Neste sentido, diz ela, um líder criativo compreende as diferenças individuais dos profissionais, reconhece a necessidade de criar a cultura da criatividade, além de compreender que pessoas mais felizes têm melhores resultados.
“A ideia é trazer a cultura da criatividade para a equipe, na medida do possível, assim como o direito à autenticidade, à espontaneidade e ao erro, como parte do processo de mudança e aprendizado”, ressalta.

Práticas
Dentre as principais práticas da liderança criativa, Branca destaca as seguintes:
  • Criar um “playground” corporativo, com momentos divertidos durante o dia, quando as pessoas poderão sair de trás da tela do computador e, literalmente, trocar ideias;
  • Promover a integração das pessoas para a construção de relacionamentos mais gratificantes;
  • Motivar e recompensar a equipe por novas ideias;
  • Dar o crédito aos verdadeiros criadores destas ideias;
  • Desmistificar a criatividade, a não aceitação, o erro e a crítica.
Como se tornar um líder criativo?
Ainda de acordo com Branca, a equipe é reflexo do líder, por isso, é importante que a prática da liderança criativa faça parte dos hábitos deste profissional.
Dessa forma, o gestor que quer se tornar este tipo de líder deve fugir do “piloto automático”, prestar atenção à rotina, às emoções da equipe e impor desafios. “Pessoas precisam de desafios, porém, na medida certa. Se forem poucos, ficam acomodadas, se forem muitos, acabam estressadas. Cabe ao líder buscar constantemente este equilíbrio”.
Abaixo, quatro focos do líder criativo:
  • Fazer o que “tem de ser feito” e o que “pode ser feito de diferente e melhor”;
  • Relacionamento e resultados;
  • Respostas certas e ideias novas;
  • Sério e informal.

 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Equipes de Alta Performance. Como chegar lá?


O empreendedor deve focar na formação de equipes que prestam atenção à sua própria forma de operar.


Antes de mais nada, o que são equipes de alta performance? São grupos que evoluíram muito.


Um grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua própria forma de operar e procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento. Em outras palavras, consegue incorporar à sua dinâmica as habilidades de diagnóstico eresolução de conflitos.
E uma equipe de alta performance é aquela que demonstra elevada competência e destacado grau de comprometimento. São pessoas realmente alinhadas, que tem em comum valores, visão, objetivos e engajamento. E ao mesmo tempo tem riqueza, diversidade e multiplicidade de conhecimentos, skills, bagagens, opiniões e ideias.
Um exemplo disto, que pode ser visto na TV e a cores, é o programa Extreme Makeover Home Edition. É uma verdadeira aula de como se obter uma equipe de alta performance...
O segredo para se conseguir esta mágica é relativamente simples: basta ter lideranças que ajam como ótimos coaches e mentores. Coaches quando focam a melhoria contínua de performance e mentores quando estimulam o autodesenvolvimento e o aprendizado contínuo dos liderados.
A fórmula geral é: montar o time certo (a escalação é o primeiríssimo passo) e aprender a tirar o melhor de cada um.
Como? Reconhecendo e reforçando os comportamentos certos (resultados expressivos, avanços no desempenho e demonstração de um comprometimento superior), mostrando para cada membro do time que você realmente se importa com ele (as pessoas precisam se sentir ouvidas, respeitadas e levadas a sério) e “levantando a régua” continuamente (dando espaços, desafios e  oportunidades para que seu time busque continuamente a auto-superação).
E o programa Super Nanny, com a Jô Frost, é uma excelente aula de como fazer coaching e obter mudanças de comportamentos.
Em resumo, nosso trabalho como líderes no time é passar nossa visão, manter o olho no placar, buscar resultados, fazer coaching, dar feedbacks construtivos, manter um clima de aprendizagem coletiva e de cooperação interna. 

Sandra Betti é sócia-diretora da consultoria MBA Empresarial, especialista em Assessment Center, Identificação de Talentos, Desenvolvimento Gerencial  e Team Building, e também escreveu o artigo "Crescendo com um time bem treinado."

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Terceirização em São Paulo cai para 13%

Do Info
 
 
São Paulo – A terceirização dos contratos de trabalho no estado de São Paulo diminuiu entre os anos de 2000 e 2010. Segundo estudo divulgado hoje (17) pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros (Sindeepres) a taxa de terceirização – percentual do saldo de empregos terceirizados formais gerados em relação ao saldo total de empregos gerados – passou de 97,6% em 2000 para 13,6% em 2010, em São Paulo.
“A constituição de melhor contexto macroeconômico, com o fim do regime de taxa de câmbio fixo e elevação do crescimento da economia, acrescida do abandono das políticas de corte neoliberal, levou à desaceleração da taxa de terceirização no país”, diz a pesquisa assinada pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann.
De acordo com o estudo, a maior presença sindical, as atuações da fiscalização da Justiça trabalhista, do Ministério do Emprego e Trabalho e do Ministério Público do Trabalho também contiveram o processo generalizado da terceirização dos contratos de trabalho.
Pochmann ressaltou ainda a baixa remuneração do setor terceirizado e o aumento dos gastos governamentais causados pela terceirização, com o uso do seguro desemprego, devido a alta rotatividade, mesmo em época de crescimento da economia.
“É um setor que precisaria de uma regulamentação do ponto de vista de garantir condições adequadas para o seu funcionamento em termos de salário pago aos trabalhadores, a condições de jornadas. Hoje, a escassez legal termina fazendo com que não exitam condições isonômicas de competição tanto do ponto de vista patronal quanto do ponto de vista laboral”, destacou Pochmann.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

 

Integrando a logística industrial com base na TOC

Neimar Follmann
É mestre em Engenharia de Produção com foco em Logística e Transportes, pela Universidade Federal de Santa Catarina. É formado em Administração e possui especialização em Métodos de Melhoria da Produtividade pela UTFPR. Possui experiência na gestão de frota, em empresas de transporte de cargas, e logística industrial, no ramo moveleiro. Cursa Doutorado em Engenharia de Produção na UFSC.
A logística, para ser logística, deve ter suas atividades – transporte, armazenagem e gestão de estoques – nas etapas de abastecimento, interna e de distribuição, integradas. É somente com a integração das atividades que a logística desempenhará seu papel de forma completa.

Fazer com que isto aconteça, no entanto, nem sempre é fácil. É comum vermos comercial, PCP e expedição com algum nível de integração, mas é menos comum vermos comercial, compras e estoques de matérias-primas, por exemplo, nesta mesma condição. Normalmente, há uma barreira invisível nas empresas, porque os setores e as pessoas são avaliados de forma individual. Então, ao tentar melhorar a integração, passa-se a ter certa dificuldade de fazer com que todos trabalhem em função de uma causa maior, o lucro da empresa, que é decorrente, principalmente, de um ótimo atendimento aos clientes.A integração das atividades logísticas a que me refiro, é a situação em que todas estão trabalhando de forma sincronizada, com o mínimo de estoque possível e com a maior velocidade do fluxo, sendo gerenciadas por um elemento central, que deve ser a logística.

A grande questão neste processo de integração da logística é onde começar e como organizar isto. Faço aqui a proposta de se iniciar a partir de algo já conhecido por todos – pelo gargalo do sistema. É importante ressaltar que estou propondo isto para a logística de empresas industriais. Não que isto não vá funcionar para empresas distribuidoras, por exemplo, mas sempre há detalhes que se alteram de um sistema para outro, apesar dos gargalos continuarem existindo.
Por que o gargalo? Ao se integrar a logística, um dos maiores objetivos é reduzir o custo e permitir que toda a demanda que o mercado proporciona seja atendida. Isto quer dizer que, mesmo que estejamos falando de logística, é preciso olhar também nos processos da indústria, pois não basta ter um ótimo sistema logístico se o processo produtivo é lento e exige altos níveis de estoques. Então, o sistema que devemos enxergar para integrar a logística é o todo, considerando-se os processos da indústria. A justificativa disto é que o cliente interno da logística de abastecimento é a indústria e esta é a fornecedora da logística de distribuição.

Ao encontrar o gargalo, pode-se aplicar algumas etapas, já propostas pela Teoria das Restrições , que envolvem explorar o gargalo e subordinar a decisão de explorar o gargalo ao restante do sistema. Ao fazer isto, inicia-se o processo de integração, porque:
1)  É necessário considerar logística e produção como um único sistema, um único fluxo de materiais;
2)  É preciso encontrar o gargalo – o ponto fraco do sistema – e isto permite que todo o sistema seja melhorado;
3) Ao fazer a escolha de como explorar o gargalo, determina-se o que será produzido em função do que há para ser entregue;
4)Define-se, também neste momento, o que deverá ser comprado;
5) E todas as atividades anteriores e posteriores ao gargalo estarão trabalhando em função do ritmo do gargalo.

Na prática, isto significa que menos estoques será comprado e formado entre as atividades e na expedição. E menos estoque significa mais velocidade e melhor atendimento.
E quanto à integração? Ao fazer esta amarração entre o gargalo e o restante das atividades, cria-se uma dependência entre eles, o que permite que todos trabalhem com o mesmo objetivo. Pra gerenciar isto pode ser utilizado o Tambor-Pulmão-Corda da TOC.

Boa Gerência de Projetos depende da liderança

Walter Krause - Diretor do PMI-Rio - Project Management Institute, organização mundial sem fins lucrativos com objetivo de promover as melhores práticas do gerenciamento de projetos.
 
HSM
A sobrevivência de uma empresa requer de seus executivos ações rápidas, objetivas e consistentes. Todas as oportunidades devem ser aproveitadas e novos espaços precisam ser criados. O sucesso da organização é o resultado de suas lideranças e da aplicação de práticas gerenciais que a conduzam, com eficiência e eficácia, no sentido de atingir os resultados esperados. O gerenciamento de projetos é o caminho para transformar ideias em algo que dê as empresas desenvolvimento de forma sustentável, considerando-se o cenário competitivo atual.

Atualmente o profissional responsável por conduzir os projetos recebe a atribuição de Gerente do Projeto. Entretanto, é vital observarmos que é fundamental existir esta função, independente de seu título, uma vez que este cargo ainda não é formalmente reconhecido por várias organizações.

Mas independente de nomes ou cargos, saber o perfil necessário ao gerente do projeto, para o melhor desempenho de suas atribuições é fundamental na construção de uma organização de alto desempenho. Este profissional deve conter pelo menos três competências: técnica, competência na área de atuação e de gestão. A segunda competência está relacionada ao tipo de negócio ou projetos envolvidos, como engenharia, tecnologia da informação e a competência de gestão, ligada ao comportamental e requer habilidades e atitudes que tornam o gerente de projeto um líder.

Todas as competências são importantes, mas a que leva a liderança é a que traz melhores resultados para a organização e para o profissional. O gerente de projetos não é um "tocador" de cronogramas, muito menos um herói realizador. Ele precisa ser o líder de uma transformação, conduzindo uma equipe a desenvolver, coordenadamente, um conjunto de tarefas executadas de forma eficiente para a obtenção do sucesso, não só para a organização, mas também para seus clientes e todos os envolvidos no projeto.

A liderança é o resultado de habilidades do gestor em entender as causas e os objetivos, de atitudes em motivar e colaborar, de atribuir a si responsabilidades e de realizar alianças com equipe, pares e outras partes interessadas num objetivo convergente.

Um estudo realizado por uma consultoria em Recursos Humanos norte-americana revelou as 25 empresas que melhor formam líderes no mundo. O primeiro lugar apontado pela pesquisa é da IBM, que possui um dos mais abrangentes programas de formação de gerentes de projetos e de líderes, requerendo que todos os seus executivos tenham cerificação em gerenciamento de projetos.

A IBM é uma das poucas empresas americanas que se manteve inabalável perante a crise financeira recente. É uma das Top of Mind do Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos, coordenado pelo PMI Regional Rio de Janeiro (www.pmirio.org.br). A General Electric também é uma das principais em liderança, com programas de formação e certificação em gerentes de projetos. A NASA, uma das maiores referências em gerenciamento de projetos, possui um programa específico para formação de gerentes de projeto líderes.

Este modelo propaga-se por todos os níveis hierárquicos, mostrando um novo caminho para o profissional em gerenciamento de projetos. Steve Dobbs, presidente da Fluor Corporation, sentenciou que a sua empresa passou pela crise graças ao gerenciamento de projetos, que alavanca os resultados na bonança e alinha o rumo em momentos desfavoráveis. Ser gerente de projetos é uma opção para grandes realizações, mas irá exigir muito esforço e desenvolvimento de seu perfil para alcançar o sucesso pessoal e da organização.

Presidenta Dilma sanciona aviso prévio de até 90 dias e isenção para tablets


Também entra em vigor nesta data a isenção fiscal para a venda de tablets produzidos no Brasil. A presidenta Dilma sancionou a lei que reduziu para zero as alíquotas do PIS/Cofins que incidem sobre a venda de tablets fabricados no país. 



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

'EUA jogam contra o euro'


Do Valor Econômico
'EUA jogam contra o euro'
Assis Moreira


Um dos representantes mais expressivos da tese é Jacques Attali, que durante uma década foi o principal assessor do presidente François Miterrand, o primeiro presidente do Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (Berd) e hoje figura incontornável no debate econômico na França. "Os EUA estão determinados a aniquilar o euro porque querem que o dólar continue sozinho com a única moeda internacional de reserva", afirmou Attali.
Christian de Boissieu, presidente do Conselho de Análise Econômica, órgão auxiliar do primeiro-ministro francês, é mais moderado, mas admite que "muita gente nos EUA gosta de concorrência, mas só até certo ponto, e certamente (os americanos) não gostam de concorrência de moedas".
Já Philippe Moreau Defarges, vice-diretor do influente Instituto Francês de Relações Internacionais (Ifri) alerta: "O que provavelmente os EUA querem é uma Europa mais subordinada a eles".
Attali procura, porém, mostrar que sabe o que está falando, com base em sua experiência de mais de uma década no centro do poder acompanhando Miterrand. Ele considera que os EUA estão numa situação econômica "muito pior" do que a Europa. "O déficit externo, a dívida interna americana, tudo é pior", diz. "O desemprego nos EUA não está em 10%, a cifra oficial, mas em 17%, levando-se em conta quem desistiu de buscar trabalho. Estados americanos estão falidos."
Para Attali, acusar a Europa dos estragos atuais na economia global "é ridículo". Ele vê uma estratégia para manter os EUA com o "exorbitante privilégio" denunciado em 1968 pelo general de Gaulle, de imprimir dinheiro de forma ilimitada para financiar seus déficits. Na medida em que o euro toma fatias como moeda internacional, empurra os EUA para, cedo ou tarde, ter que se financiar no próprio euro e yuan chinês. Sua hegemonia seria questionada.
Christian Boisseau, do conselho ligado diretamente ao primeiro-ministro, diz não acreditar em teorias conspiratórias e ataques organizados contra o euro. Mas concorda que alguns setores políticos e fundos de hedge "estão confortáveis com a bagunça da zona euro".
Ele lembra que nos últimos 20 anos esse tem sido um debate recorrente no Federal Reserve, o BC americano. No começo dos anos 90, ele ouvia dos americanos que o euro não seria concretizado. Depois, quando foi lançado, que não funcionaria. "Hoje, se o principal concorrente do dólar enfrenta problemas, é bom para os EUA."
O conselheiro recorda que em 1971, quando a posição privilegiada do dólar sobreviveu ao colapso do regime de câmbio fixo, o então secretário do Tesouro americano, John Conolly, disse a europeus inquietos: "O dólar americano é nossa moeda, mas o problema é de vocês ('our currency, but your problem')".
Mas isso tende a mudar. Boisseau nota que os EUA financiam hoje 95% de seu déficit externo em sua própria moeda, que podem imprimir sem limites. O dólar continua a ser a moeda de reserva internacional mais importante, com 61% das reservas detidas pelos bancos centrais. Essa parcela correspondia a 70% no lançamento do euro em 1999. E, apesar de toda a crise da dívida soberana nos últimos dois anos, a fatia do euro não caiu e continua em 27%.
"O euro é um projeto político e vai sobreviver. E o yuan chinês dentro de cinco a dez anos vai se tornar plenamente convertível. Teremos então um sistema de três moedas internacionais", prevê ele. "Com isso os EUA vão ter mais problemas, terão de se financiar também em euro e yuan, passando do exorbitante privilégio para limitações".
Defarges, do Ifri, admite que "alguns americanos até queiram destruir o euro, mas não as autoridades, que sabem que isso seria um desastre também para os EUA". Para ele, o projeto francês de impulsionar uma reforma do sistema monetário internacional, na cúpula do G-20 em Cannes, em novembro, não deve avançar.

sábado, 1 de outubro de 2011

Jurista defende pena de morte para bandidos de toga
Um dos mais prestigiados juristas da área trabalhista, Calheiros Bomfim, enviou um artigo à Ordem dos Advogados do Brasil (seção Rio de Janeiro) dizendo que, se fosse necessário abrir uma exceção para validar a pena de morte, ela deveria existir para aniquilar juízes corruptos.
Famoso por ter escrito o Dicionário de Decisões Trabalhistas, Bomfim comenta que os juízes brasileiros ganham mais que os de outros países, desfrutam de diversas benesses e, devido à formação necessária e natureza de sua atividade, não podem se comparar a bandidos comuns quando cometem crimes.
No texto, Bomfim sai em defesa da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon.
- Se, portanto, houve injustiça na afirmação da ministra Eliana Calmon, certamente não foi com os bandidos de toga.

ABAIXO O TEXTO NA ÍNTEGRA. 

Bandidos de toga e outros bandidos
Benedito Calheiros Bomfim
O fato de que no Brasil existem juízes corruptos (como, de resto, em todos países) é sabido, e os que não sabiam, suspeitavam. Mas a circunstância de ter sido confirmado e reafirmado publicamente pela ministra Eliana Calmon, Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, está a merecer as considerações que ora nos permitimos fazer.
Ressalve-se desde logo que os magistrados brasileiros, em sua imensa maioria, possuem excelente formação moral e ética, são agentes, honrados, honestos, dignos e dotados de espírito público. Pela alta relevância de sua função social e institucional, incumbidos da missão de julgar aqueles que a eles submetem suas pendências de toda a natureza, inclusive familiares, alimentícias, patrimoniais e até envolvendo a liberdade individual, nosso ordenamento jurídico exige que tenham reputação ilibada, pública e privada, e notável saber jurídico.
Entre as prerrogativas, direitos e vantagens que lhes são asseguradas encontram-se vitaliciedade, elevado padrão salarial, inamovibilidade, aposentadoria com proventos integrais, mesmo quando, sob suspeita de improbidade, são afastados do cargo, prisão especial.
Como, pois, com a situação privilegiada que desfrutam e a responsabilidade social e funcional de que estão investidos, compreender e admitir que, traindo seu juramento, ao em vez de servirem de exemplo, vendam sentença, deixem-se corromper, pratiquem os mais variadas fraudes e atos de improbidade?
Não há como compará-los a bandidos, comuns (estes, não recebem dinheiro público), dos quais, por sua marginalização, exclusão da sociedade e natureza, só se podem esperar ações delituosas, práticas criminosas. De causar admiração seria se agissem de forma diferente. Os bandidos e mafiosos de colarinho branco, conquanto não aufiram - mas se apropriam - de dinheiro do Tesouro, cometem delitos da maior gravidade contra a coletividade e a economia do país, merecem ser punidos com o máximo rigor da lei, embora, lamentavelmente, se beneficiem sempre da impunidade.
O verdadeiro bandido, este sim, é o juiz corrupto que, comprometendo a imagem de sua corporação, com a alta responsabilidade que o Estado e a sociedade lhe conferem e com as condições privilegiadas em que vive, auferindo vencimentos superiores aos da quase totalidade dos seus colegas de categoria dos outros países, trai sua missão social de fazer justiça e seu juramento de respeitar a Constituição e as leis do país, comete fraudes, desvia verba pública, comercializa sentença.
O autor das presentes observações é visceralmente contra a pena de morte. Entende que o Estado não deve punir o criminoso com outro crime, uma morte com outra morte. A penalidade que aplica tem fim pedagógico, visa à ressocialização, à reeducação, á reinserção do delinquente na sociedade. Mas se, por hipótese, fosse obrigado a admitir exceções à tese contrária à pena capital (proibida em nossa Constituição), seria para aplicar a pena de morte ao juiz corrupto, venal e ao torturador.
Em alguns países o juiz é submetido ao voto popular ou é eleito pelo Parlamento, em outros o mandato tem duração temporária e em muitos são mal remunerados, se comparados com o padrão brasileiro.
Não há, pois, como tornar análogo o crime do juiz ao do bandido comum ou o de colarinho branco, nem tornar equivalente a pena aplicável a todos. Se, portanto, houve injustiça na afirmação da ministra Eliana Calmon, certamente não foi com os bandidos de toga.
Benedito Calheiros Bomfim é membro da Academia Nacional de Direito do Trabalho.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Múltis brasileiras trazem ao país soma recorde do exterior

Por KURK Da Folha.com

 O volume de dinheiro que multinacionais brasileiras trouxeram do exterior para o país entre janeiro e julho deste ano atingiu o recorde de US$ 21,7 bilhões, informa reportagem de Érica Fraga para a Folha.

A quantia equivale a quase o dobro do valor investido por essas empresas fora do país no mesmo período (US$ 11,2 bilhões). Essas cifras são registradas no balanço de pagamentos (que contabiliza transações do país com o resto do mundo) sob a categoria de investimento brasileiro no exterior. Mas o movimento de entrada de recursos muito superior ao de saída por meio dessa conta é incomum. "Normalmente, é de se esperar que as quantias mais significativas sejam relacionadas a investimentos feitos pelas multinacionais brasileiras fora", afirma Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências.

Os recursos que multinacionais brasileiras estão trazendo do exterior têm entrado no país principalmente com dois tipos de carimbo, que representam subdivisões da conta de investimento brasileiro no exterior. O maior fluxo (US$14,3 bilhões nos primeiros sete meses do ano) representa quitação de dívidas que filiais tinham com suas matrizes brasileiras no passado. Editoria de Arte/Folhapress

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Redes Sociais, Inovação e Empreendedorismo na Era Digital

Real fica em 29º lugar em ranking de moedas seguras

O real pode ser a moeda preferida dos investidores internacionais para os lucros de curtíssimo prazo, mas fica atrás de moedas do Peru, Malásia, Hungria e Croácia, além de vários países desenvolvidos, como refúgio seguro para o dinheiro em caso de estourar uma nova crise financeira. É o que mostra um estudo feito por analistas da corretora japonesa Nomura Securities, que elaborou um ranking de moedas mais seguras para os investimentos. Entre 43 países avaliados, o Brasil ficou em 29º lugar, prejudicado, principalmente, pelas medidas de controle de capital adotadas nos últimos anos. O dólar americano, mesmo depois de os Estados Unidos terem perdido a nota máxima AAA de classificação de risco pela agência de rating Standard & Poors (S&P), permanece no primeiro lugar como moeda mais segura para investir, seguida do iene japonês e do euro. O último lugar ficou com a coroa da Islândia, país símbolo da crise financeira mundial de 2008, que sucumbiu a uma dívida bancária dez vezes o tamanho da sua economia, resultando numa desvalorização da moeda superior a 80% e a adoção de rígido controle cambial. Na América Latina, a melhor colocação coube ao peso do Chile, seguido pelo novo sol do Peru e o peso do México, enquanto que o peso argentino teve a pior avaliação na região. As moedas latinas, no geral, tiveram avaliação fraca em razão de problemas com inflação, classificação de risco da dívida soberana e critérios de governança, apontou o estudo. "Apesar de ter um balanço de pagamentos ainda sólido, o Brasil perdeu várias posições quando avaliamos a questão da flexibilidade e da conversibilidade do real em razão das medidas adotadas recentemente (de controle cambial) e que amedrontam os investidores, que temem o risco de medidas adicionais no futuro", disse em entrevista à Agência Estado Peter Attard Montalto, um dos analistas que assinam o estudo da Nomura Securities. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Investimentos da indústria farmacêutica

De O Estado de S.Paulo

Bruno Tanus Job e Meira

O foco em inovação e a concorrência global levaram os grandes players do setor de life sciences (composto basicamente pela indústria farmacêutica e biotecnológica) a realizarem, em 2010, investimentos relevantes por meio de fusões e aquisições de empresas do mesmo ramo. E esse movimento tende a continuar.

A indústria farmacêutica vem determinando novas estratégias de investimento em virtude, sobretudo, da busca pelo desenvolvimento de novas substâncias e também da manutenção de participação no mercado com a expiração das patentes dos blockbusters (medicamentos líderes em vendas). Para viabilizar a produção de novas drogas e manter a liderança na venda de certos produtos, os grandes laboratórios vêm dando atenção aos investimentos nos setores de e-health (saúde eletrônica), biotecnologia e aos medicamentos similares e genéricos.

O segmento de e-health é atualmente o nicho mais inovador e desafiador, no qual as empresas buscam, em síntese, o desenvolvimento de aparelhos inteligentes para monitorar pacientes em tempo real. Para a indústria farmacêutica, investir nesse setor representaria a possibilidade de obter uma análise refinada da eficiência dos medicamentos. Essa interação também poderia fornecer registros eletrônicos que serviriam de fonte para o desenvolvimento de novos produtos. Mesmo com os entraves regulatórios e as limitações determinadas pelas políticas internas das empresas - restritivas com relação às informações pessoais de pacientes - a aquisição de participação ou o controle de empresas de e-health poderia ser um instrumento importante para garantir o acesso à produção de novos fármacos.

A biotecnologia também tem atraído o interesse de investidores da indústria farmacêutica. A engenharia genética possibilita o desenvolvimento dos biofármacos, produtos com princípio ativo geralmente produzido por bactérias transgênicas, considerados mais específicos e eficazes que os medicamentos tradicionais. Ao investir nesse ramo, os laboratórios conseguem ingressar em um nicho de mercado que desenvolve produtos complexos, de alto valor agregado e que são destinados ao tratamento de enfermidades graves, como câncer, hemofilia e AIDS. De fato, a busca por novos medicamentos com base biotecnológica já resultou em importantes aquisições, joint ventures, assim como na celebração de contratos para o licenciamento da fabricação de biofármacos ou a negociação de seus direitos de distribuição no mercado.

Uma modalidade de negócio já usual, mas que continua atraindo investimentos é o setor dos similares e genéricos. Os similares contêm o mesmo princípio ativo dos medicamentos de referência, mas não têm as mesmas propriedades farmacêuticas, característica que os diferencia dos genéricos. Estes são, efetivamente, os mecanismos mais utilizados para a manutenção da participação dos grandes laboratórios no mercado em decorrência da expiração das patentes dos seus blockbusters. Outro atrativo é que esse segmento opera geralmente por meio de sociedades de capital nacional, conhecedoras do mercado local e com redes de distribuição já estruturadas. Mesmo sendo um setor visto com certo preconceito por determinadas multinacionais farmacêuticas, os genéricos continuam atraindo investimentos em virtude da sua rentabilidade.

No primeiro semestre, diversas operações concluídas no segmento de life sciences chamaram a atenção do mercado. Destacam-se, dentre outras, as aquisições do laboratório brasileiro Bergamo pela americana Amgen, da empresa biotecnológica americana Genzyme pela francesa Sanofi-Aventis, a compra do laboratório brasileiro Mantecorp pela Hypermarcas e da fabricante de produtos ortopédicos suíça Synthes pela também americana Johnson & Johnson.

É um sinal claro de que as empresas desse setor têm adotado estratégias de negócio arrojadas e que são concluídas, principalmente, por meio de fusões ou aquisições de sociedades do mesmo segmento. Essas operações são permeadas de especificidades em matéria de regulação e geralmente precedidas por reestruturações societárias, que viabilizam a conclusão do investimento com custos administrativos reduzidos e de forma eficiente do ponto de vista tributário.

O momento econômico favorável e as novas opções de negócio tendem a aumentar ainda mais o número de operações societárias envolvendo empresas do setor de life sciences no Brasil. Este é um passo necessário para a consolidação e ampliação da posição competitiva dos grandes players desse segmento no mercado nacional, que vem prosperando no cenário mundial.